[:pb]No artigo do dia 8 de novembro falamos da oferta de vagas em programas de residência médica nos Estados Unidos para estudantes formados em universidades estrangeiras (IMGs-International Medical Graduates). Vimos que, em 2019, mais de 50% das vagas preenchidas por IMGs foram em Internal Medicine, aqui no Brasil seria o equivalente a especialistas em Clínica Médica. Hoje falaremos um pouco mais dessa especialidade.

Chamados de Internists (não confunda com interns, que são os estudantes no primeiro ano de residência, o equivalente a R1 no Brasil) esses profissionais são especializados no tratamento e cuidados de adultos, em todo o espectro, desde cuidados preventivos até o tratamento de doenças complexas. São médicos treinados para lidar com qualquer problema que o paciente traga e, especialmente, para resolver diagnósticos intrigantes.

O treinamento: Durante pelo menos três anos de residência, os residentes focam em condições médicas gerais, mas também rodam em especialidades como endocrinologia, reumatologia e doenças infecciosas, psiquiatria, dermatologia, oftalmologia, ginecologia de consultório, otorrinolaringologia, ortopedia não operatória, geriatria e medicina de reabilitação, para atender de maneira abrangente os adultos. O treinamento inclui pelo menos um ano de cuidados com pacientes hospitalizados, sendo três meses de trabalho em cuidados intensivos, e treinamento adicional em subespecialidades de internação.

Assim como no Brasil, ao escolher essa especialidade, o profissional pode seguir como Clínico Geral, após concluir os três anos do programa de residência. Nos EUA, cerca de 50% dos estudantes seguem esse caminho e focam seu trabalho na prática ambulatorial ou no tratamento de pacientes hospitalizados.

Alguns Internists optam por se subespecializar em áreas ligadas à Internal Medicine como: alergia e imunologia, cardiologia, endócrino, gastro, hepatologia, hemato, doenças infecciosas, nefro, oncologia, doenças pulmonares, reumato. Nesses casos, é necessário um treinamento adicional (conhecido como Fellowship), que pode durar de um a três anos, dependendo da subespecialidade.

Assim como o tempo de residência, os salários também variam, de acordo com a subespecialidade, tipo de hospital (comunitário ou hospital-escola) e estado. Mas, em 2019, o salário para General Internal Medicine está em torno de US$240,000/ano, com variações médias de 20%, de acordo com as subespecialidades.

Se você está pensando nessa possibilidade, não deixe de dar uma olhada nessas informações disponibilizadas pela ACP – American College of Physicians. Eles reuniram dados importantes que vão ajudar a entender o antes, o durante e o depois da residência. A leitura, com certeza, vai te esclarecer pontos necessários para você fazer uma boa escolha.

Até a próxima!

Um abraço,
Juliana Soares Linn

[:en]No artigo do dia 8 de novembro falamos da oferta de vagas em programas de residência médica nos Estados Unidos para estudantes formados em universidades estrangeiras (IMGs-International Medical Graduates). Vimos que, em 2019, mais de 50% das vagas preenchidas por IMGs foram em Internal Medicine, aqui no Brasil seria o equivalente a especialistas em Clínica Médica. Hoje falaremos um pouco mais dessa especialidade.
Chamados de Internists (não confunda com interns, que são os estudantes no primeiro ano de residência, o equivalente a R1 no Brasil) esses profissionais são especializados no tratamento e cuidados de adultos, em todo o espectro, desde cuidados preventivos até o tratamento de doenças complexas. São médicos treinados para lidar com qualquer problema que o paciente traga e especialmente para resolver diagnósticos intrigantes.
O treinamento: Durante pelo menos três anos de residência, os residentes focam em condições médicas gerais, mas também rodam em especialidades como endocrinologia, reumatologia e doenças infecciosas, psiquiatria, dermatologia, oftalmologia, ginecologia de consultório, otorrinolaringologia, ortopedia não operatória, geriatria e medicina de reabilitação, para atender de maneira abrangente os adultos. O treinamento inclui pelo menos um ano de cuidados com pacientes hospitalizados, sendo três meses de trabalho em cuidados intensivos, e treinamento adicional em subespecialidades de internação.
Assim como no Brasil, ao optar por essa especialidade, o profissional pode seguir como Clínico Geral, após concluir os três anos do programa de residência. Nos EUA, cerca de 50% dos estudantes seguem esse caminho e focam seu trabalho na prática ambulatorial ou no tratamento de pacientes hospitalizados.
Alguns Internists optam por se subespecializar em áreas ligadas à Internal Medicine como: alergia e imunologia, cardiologia, endócrino, gastro, hepatologia, hemato, doenças infecciosas, nefro, oncologia, doenças pulmonares, reumato. Nesses casos, é necessário um treinamento adicional (conhecido como Fellowship), que pode durar de um a três anos, dependendo da subespecialidade.
Assim como o tempo de treinamento, os salários também variam, de acordo com a subespecialidade, tipo de hospital (comunitário ou hospital-escola) e estado. Mas, em 2019, o salário para General Internal Medicine está em torno de US$240,000/ano, com variações médias de 20%, de acordo com as subespecialidades.
Se você está pensando nessa possibilidade, não deixe de dar uma olhada nas informações disponibilizadas pela ACP – American College of Physicians. Eles reuniram dados importantes que vão ajudar a entender o antes, o durante e o depois da residência. A leitura, com certeza, vai te esclarecer pontos necessários para você fazer uma boa escolha: https://www.acponline.org/about-acp/about-internal-medicine/career-paths/medical-student-career-path

Até a próxima!
Um abraço,
Juliana Soares Linn

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